quarta-feira, 23 de maio de 2012

E a saga continua...

Ontem, o pai, muito zangado, ralhava com a baby M. Eu estava na cozinha a fazer o jantar e não percebi o que ele estava a dizer. Aproximei-me da casa de banho, onde eles estavam os dois e ele dizia muito sério e de dedo levantado:
"Não! Não faz isso! Não se come papel! Não se come papel!!!"
enquanto segurava um rolo de papel higiénico meio comido...

Até a B. que estava sozinha a brincar no quarto riu até às lágrimas....

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Ter duas filhas...

...é mais ou menos como ter um cão. Uma rói sapatos e a outra faz xixi pelos cantos.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Ahhhhhhhhhhhhh!!!

É tão bom saber que não somos as únicas no mundo a fazer figuras absolutamente ridículas....

Ora vejam aqui.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A tirania da Felicidade

Ontem estive triste...o dia todo...24 horas inteirinhas de pura e simples tristeza. Daquela que dá direito a olhares perdidos no horizonte e lenços de papel amarrotados nos bolsos das calças. Tinha, academicamente, razões muito válidas para isso. Mas não é essa a questão...a questão que me ocorre é se temos tempo, se nos permitimos tempo para de vez em quando, com ou sem as mais válidas razões, estarmos verdadeiramente tristes.

A felicidade está por todo lado! Ele são projetos de bem fazer aos outros, blogues sobre ser feliz, livros que ensinam o ato em 10 passos, conversas edificantes com amigos sobre "o que realmente interessa"...
Todos os dias nos lembramos que somos felizes, que temos de ser felizes, que temos todas as razões para ser felizes...mas e de vez em quando, não devemos a nós próprios o direito de estarmos tão tristes, melancólicos e amuados quanto nos apetece.

A B. encantou-se há pouco tempo com uns desenhos animados cuja personagem principal é o João Bebé...um programa delicioso, absolutamente inóquo, sem violência, sem moralismos ao quadrado, só mesmo um bebé, o irmão mais novo de uma familia enorme que gosta de passear pelo mundo e pelo espaço e de dar gargalhadas acompanhado por um coelho (que tem olhos de quem consome substâncias psicoativas, mas isso é tema para outra conversa). E no fim de cada episódio, cantam uma música bem catita, que fala sobre a "magia de bebé". A minha filha, depois de ver todo o episódio, muito contente, chorava desalmadamente no fim...porque estava triste. Perguntamos porquê, tentamos perceber se tinha metido os dedos numa tomada elétrica enquanto ouvia a música e estava por isso "traumatizada", proibimo-la de ver o programa...até que sentei ao lado da pequena, e vimos o programa juntas. E no final, com os olhos cheios de lágrimas gordas, e de mão dada comigo,  disse-me"é mesmo triste mamã...mas já passou...não choro nunca mais a ver o João Bebé".
E pronto, teve de ser uma babe de 3 anitos a explicar-me o que ainda não tinha percebido. Às vezes podemos ficar tristes...e "desfrutar" de toda a nossa tristeza...Sobretudo porque temos a certeza que vai passar e que a felicidade de amanhã, vai ser ainda mais saborosa...

terça-feira, 15 de maio de 2012

Hoje é dia da familia!

Hoje é dia da familia, toda a gente já sabe...e embora tenha mil coisas para dizer sobre familias, (especialmente porque este blogue é sobretudo sobre este tema) não me apetece dizer muito...
Apetece-me apenas partilhar o quanto de familia há, nos que não são da nossa familia...o quanto de irmãos há em amigos de perto, o quanto de mãe encontramos na nossa "chefe", o quanto de filhos revemos numa colega de trabalho especial, o quanto de irmãs mais velhas há nas educadoras dos nossos filhos...
Gosto muito, muito da Modern Family, e esta série da Fox é o exemplo perfeito do que é para mim familia...um casal homossexual com uma filha vietnamita; um homem mais velho, com uma mulher mais nova e um enteado, que ele destrata da mesma forma deliciosa como destratou os filhos biológicos; uma mãe neurótica, um pai destrambelhado e 3 filhos que podiam ser os meus, ou os de qualquer pessoa: uma adolescente com tudo o que isso significa, uma menina inteligente e um puto aluado...
E que gostam genuinamente uns dos outros, da companhia dos outros, e que se zangam e que gritam (com aquele sotaque maravilhoso que só a Glória sabe fazer), mas que sabem, no final do dia, que estão lá, para sempre, para tudo.


Na minha familia de 5 irmãos sempre houve esta dose de loucura, temperada pelo bom senso épico da minha mãe...Na minha familia de quatro, esta certeza está lá, a todo o momento...e eu grito, rio até às lágrimas, zango-me e encanto-me todos os dias com as minhas pequenas e sei, desde o primeiro momento que elas são as minhas pessoas, as crias que lambo todos os dias...Mas são também os pedaços de mim e delas que quero partilhar com os outros...todos os outros que passam pela nossa vida, todos os dias e que também são a NOSSA FAMÍLIA...

Feliz Dia da Familia...



sexta-feira, 4 de maio de 2012

Para o dia da mãe...1

Para além de todas as considerações de que todos os dias são dias da mãe, e de interesses comerciais e coisas do tipo, eu adoro o Dia da Mãe, do Pai, dos Avós, da Criança... porque nesses dias damos um  bocadinho mais de nós, de uma forma mais estruturada...mais pensada e dedicada ao outro...

E por isso, aqui ficam sugestões, sim?

http://www.serralves.pt/actividades/detalhes.php?id=2135

Nós vamos...

Baby Love...my baby love






Coisas que a mãe adora...aqui





By Sugar Fresh




De brincar e outras histórias…

Ontem parti o candeeiro da Casa da Amanda, a casa de bonecas presente de aniversário da B. Aterrei-lhe com a minha patorra 40 em cima. Ele estava escondidinho no tapete do quarto das meninas e não o vi…a Miss B. ficou danada e o Daddy diz que não dá para colar! A sério que não sei o que fazer a tanto brinquedo, sobretudo porque acabam sempre no chão…Ele é copos, pratos, estrelinhas, autocolantezinhos, bonequinhas, carrinhos, peças de puzzlezinhos, livros e biberons e limões de plástico, imitações de pacotes de massa e outras coisas inimagináveis por todo o lado. Juro que às vezes, paradinha lá no meio me questiono "Jesus!!! De onde veio tudo isto?" 11 nenucos? Para que é que as meninas precisam de 11 nenucos? O médico, o cabeleireiro, os gémeos, o recém-nascido, alguns com características bem desagradáveis que incluem fazer xixi e espirrar?  Acho que metade do tempo nenhuma dela olha mais do que 2 minutos para eles...e PiniPons e Barriguitas e legos e puzzles e panelinhas e tachinhos, alguns deles com 2 cm de diâmetro...Às vezes, a tal fúria demolidora toma conta de mim a apetece-me mandar embora pelo menos metade de tanta macacada. Mas depois, a criança que há em mim leva a melhor e volto a guardar tudo cuidadosamente dentro das gavetas e caixas e sacos e prateleiras. Li tantas vezes que os pais, atolados pelas suas responsabilidades e pela sua falta de tempo, compensam as crianças com brinquedos…bem materiais, quando a única coisa de que elas precisariam é a sua atenção. Nada disto! Mesmo! Eu tenho muito tempo para as minhas meninas…Brinco com elas todos os dias, todo o tempo que tenho disponível. Brinco com elas quando faço o jantar e aproveito para treinar caras feias com a Miss M. sentada na cadeira de papa ou quando ponho a Miss B. a brincar às cozinheiras e a lavar legumes ao meu lado. Brinco com elas no banho aos piratas e às sereias e aos animais aquáticos. Brinco com elas depois do jantar, pelo menos meia hora, quantas vezes mais, adiando a hora de ir para a cama, sentada do chão do quarto, a fazer de mãe, de filha, de professora, de princesa, de elefante ou apenas de narradora de histórias. Brinco com elas no parque infantil, canto com elas no carro, faço trinta por uma linha e geralmente acabo a ouvir o Daddy aos gritos, a dizer que vive numa casa de loucas e bem, bem se deve estar na Austrália, a pastar cangurus, mesmo antes de enlouquecer também e se juntar a nós aos saltos na sala, a dançar “a nossa música”.
Então…porquê tantos brinquedos?… Assim, decidi instituir uma regra…por cada um que entra, um tem de sair! Preciso de nomes de instituições para mandar brinquedos, e sobretudo preciso de aprender (eu muito mais do que elas) a desprender-me no que não é essencial…já tentei fazer este esforço, mas de repente acabo quase a chorar, agarradinha ao boneco e a dizer “ai este não, que o foi o primeiro bebé que ela teve! “ e ai este também não, que foi a tia T. que lhe deu e ela gosta muito” “ ai este também não porque a primeira vez que ela sorriu estava com ele na mão””ahhhhh e este também não, que se lhe babou muitas vezes para cima!!!””
Por isso, se querem ser muito meus amigos é fachavor me mandarem nomes de sítios para eu mandar tanta brincadeira, e ensinar as meninas e a mamã a partilhar mesmo a sério!